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Paula Badosa revela que quase desistiu do tênis: “Estive muito perto de me aposentar”

Depois de um longo período de sofrimento com lesões, Paula Badosa reencontrou sua melhor forma e está de volta ao top 10 do ranking da WTA. A espanhola revelou que chegou a cogitar a aposentadoria, mas superou as adversidades e agora busca consolidar sua volta ao topo do circuito.

O drama das lesões e o risco da aposentadoria

O sorriso de Paula Badosa em quadra esconde uma história de superação. Após meses de dores persistentes e incertezas, a espanhola finalmente se reencontrou com o tênis. Em 2023, uma fratura por estresse na coluna a fez viver um verdadeiro pesadelo, e alguns médicos chegaram a afirmar que ela poderia ter que conviver com dores para o resto da vida. O pior momento veio no WTA 1000 de Madrid, em 2024, quando sua condição física e emocional a levou ao limite.

“Foi muito difícil. Algumas vezes, gosto de refletir sobre aqueles momentos… e só de pensar já é doloroso. Estive muito, muito perto de me aposentar”, revelou Badosa. No entanto, a paixão pelo tênis a manteve firme na luta. “Sempre acreditei em mim mesma e queria me dar mais uma chance. Amo esse esporte”, completou.

A virada começou após Madrid, quando Paula decidiu reformular sua equipe técnica, especialmente no aspecto físico. Com a ajuda de seu novo treinador, Pol Toledo, e um foco renovado na recuperação, a espanhola começou a ver mudanças. “Decidi dar 100% até o fim da temporada. Não sabia se o meu corpo aguentaria, mas precisava tentar. Fiz algumas mudanças importantes, e minha mentalidade me ajudou a crescer nos piores momentos.

De volta ao top 10 com uma mentalidade diferente

A reviravolta se concretizou no Australian Open 2025, onde Paula Badosa finalmente quebrou sua barreira em Grand Slams e chegou à semifinal. Com 30 vitórias nos últimos 39 jogos, ela recuperou um lugar no top 10 do ranking da WTA, sua melhor posição desde outubro de 2022.

A trajetória de Badosa contrasta com a que viveu quando chegou ao número 2 do mundo, em 2022. Na época, o sucesso veio de forma muito rápida, e ela sentiu o peso da pressão. “Saí do nada, estava em 70º no ranking e, de repente, era a número 2 do mundo. Senti que todo mundo falava de mim, as expectativas cresceram e isso foi um choque.”

Agora, com mais experiência, a espanhola vê as coisas de forma diferente. “Passei por tudo: pressão, derrotas inesperadas, vitórias surpreendentes… Quando você já viveu de tudo, sente menos medo. Hoje, quero ganhar sempre, mas se perder, ficarei chateada, frustrada, mas não assustada.”

O equilíbrio entre ambição e paciência

O desempenho na Austrália renovou a confiança de Badosa, mas ela sabe que encontrar o equilíbrio entre ambição e paciência será essencial para manter a consistência. “Sou muito ambiciosa, mas preciso me cobrar menos. Quero sempre mais, e isso pode ser perigoso. Estou tentando encontrar esse equilíbrio para jogar com mais leveza e vencer sem me pressionar tanto.”

A espanhola também se inspira em outras jogadoras para continuar acreditando que grandes conquistas são possíveis. A recente vitória de Madison Keys no Australian Open 2025, por exemplo, reforçou sua visão de que, no circuito feminino, tudo pode mudar em poucas semanas.

“Foi incrível. Quando ela joga nesse nível, é quase imbatível. Ver uma jogadora de 30 anos vencer seu primeiro Slam mostra que não importa sua posição no ranking, se o momento certo chegar, você pode surpreender o mundo.”

Agora, a espanhola segue para o WTA 500 de Abu Dhabi, onde busca manter o embalo e continuar sua caminhada de retorno ao topo. O novo capítulo de Paula Badosa está apenas começando.

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Paulo Alexandre

Apaixonado por tênis, trazendo notícias, análises e novidades do circuito mundial. 🎾

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