Com a recente ascensão meteórica de Jannik Sinner, o debate sobre quem é o maior tenista da história da Itália ganha força. O ex-campeão Nicola Pietrangeli reconhece o talento do jovem, mas reforça que a longevidade será fundamental para consolidar seu legado.
O domínio de Sinner e o reconhecimento de uma lenda
A impressionante trajetória de Jannik Sinner nos últimos doze meses tem causado impacto global. Campeão do Aberto da Austrália, ele se tornou o primeiro tenista italiano a conquistar três títulos de Grand Slam em simples, superando nomes históricos como Adriano Panatta, Francesca Schiavone e Flavia Pennetta, que possuem um título cada, e Nicola Pietrangeli, bicampeão de Roland Garros.
Diante desse feito, Pietrangeli, uma lenda viva do tênis italiano, reconheceu que Sinner já o superou em termos de conquistas, mas alertou que o caminho para se consolidar como o maior de todos os tempos ainda exige consistência ao longo dos anos. “Os recordes estão aí para serem quebrados. Ele já é mais vitorioso do que eu em termos de títulos de Grand Slam, mas a história se escreve no final da jornada. Espero que ele continue assim e conquiste ainda mais”, afirmou o ex-campeão de 91 anos.
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A supremacia técnica de Sinner
Além dos números, Pietrangeli também destacou o domínio técnico de Sinner, classificando sua final do Aberto da Austrália como uma exibição de pura superioridade. “A sensação é que ele passeia em quadra. Hoje, ele só perde se estiver doente ou não dormir bem. Não vejo nada que ele precise melhorar, já é o melhor do mundo”, opinou.
O veterano também apontou que o jovem de 23 anos não apenas tem a capacidade de vencer em diferentes superfícies, mas impõe respeito a todos os adversários, algo que, segundo ele, não acontecia em sua própria época: “Eu assustava alguns, mas não todos. Ele assusta qualquer um”.
O maior da história?
Apesar de toda a empolgação em torno de Sinner, a questão sobre ele ser o maior tenista italiano de todos os tempos ainda gera discussões. Pietrangeli pondera que é preciso observar sua longevidade e como ele lidará com os desafios ao longo dos próximos anos.
“Ele tem apenas 23 anos, precisamos ver como estará aos 30. Há dois anos, ninguém falava dele, hoje é o nome do momento. Quando sua carreira terminar, poderemos dizer com certeza se ele foi ou não o maior”, concluiu o veterano.
Se Sinner mantiver o ritmo e adicionar mais Grand Slams ao seu currículo, o debate pode se encerrar rapidamente. O que já é inegável, no entanto, é que a Itália tem um fenômeno em suas mãos.