Belga joga com inteligência, domina nos momentos-chave e elimina o número 3 do mundo em uma das maiores zebras do torneio.
O Masters 1000 de Miami teve sua primeira grande surpresa nesta sexta-feira. O belga David Goffin, atualmente número 55 do mundo, superou o espanhol Carlos Alcaraz, terceiro do ranking, em uma virada de respeito: 5/7, 6/3 e 6/4, pela segunda rodada da competição.
Em excelente forma física e demonstrando confiança desde os primeiros games, Goffin fez valer sua experiência e colocou em prática uma estratégia agressiva, principalmente nas devoluções. A vitória, segundo ele, foi construída tanto no lado tático quanto no mental.
Atitude desde o primeiro ponto
Em entrevista após o jogo, o ex-top 10 explicou que sabia que não poderia ser passivo diante de um jogador como Alcaraz. “Desde o início, minha ideia foi me manter ofensivo, especialmente na devolução do segundo saque. Contra o Carlos, não há espaço para hesitação. Se você recua, ele toma o controle do ponto.”
Goffin também destacou que, mesmo correndo o risco de cometer erros, era essencial manter a postura ofensiva. “Preferia errar sendo agressivo do que entregar a iniciativa. Eu precisava ser o jogador que ditasse o ritmo e acho que consegui fazer isso durante boa parte do jogo. O último ponto mostra bem isso: fui pra cima e fechei a partida como queria.”
Físico em dia e mental fortalecido
Além da parte tática, Goffin atribuiu parte do sucesso ao bom preparo físico. “Me senti muito bem nas pernas, consegui me movimentar leve, com confiança. Isso faz toda a diferença quando o jogo aperta. Consegui sentir bem a bola em quase todas as trocas e aproveitei cada ponto como se fosse único.”
A vitória vem logo após outra virada na estreia, contra o australiano Alexandar Vukic, mostrando que o belga vem se superando rodada a rodada. Com o triunfo sobre Alcaraz, ele avança embalado para a terceira fase, sonhando em repetir as grandes campanhas que o levaram ao top 10 anos atrás.
