Djokovic enfrenta um momento delicado em sua carreira, lidando com uma lesão muscular que pode afastá-lo das quadras até a temporada de saibro. Caso isso ocorra, o sérvio pode sofrer uma queda expressiva no ranking da ATP, tornando sua jornada nos próximos Grand Slams ainda mais desafiadora.
Recuperação e ausência nos Masters podem custar caro
Após uma campanha decepcionante no Australian Open 2025, onde foi eliminado antes das semifinais, Novak Djokovic revelou que sua lesão muscular era mais séria do que o esperado. Dias depois, um exame de imagem confirmou a gravidade do problema, afastando qualquer dúvida sobre sua condição física. O impacto foi imediato: além de deixar Melbourne sem mais um título, o sérvio teve que abrir mão da disputa da Copa Davis, um de seus objetivos na temporada.
Agora, a grande dúvida é quando Djokovic poderá retornar às competições. Especialistas consultados pelo site TheTennisGazette, incluindo as ex-tenistas Andrea Petkovic e Rennae Stubbs, indicam que uma recuperação total pode levar até dois meses. Isso significa que o sérvio tem grandes chances de perder torneios importantes, como os Masters 1000 de Indian Wells e Miami, além do ATP 250 de Doha.
Caso opte por se recuperar completamente antes de voltar às quadras, Djokovic só reapareceria no circuito durante a temporada de saibro, o que pode ter consequências diretas no seu ranking.
Ranking ameaçado e desafios em Roland Garros
No momento, Djokovic ocupa a sexta posição do ranking da ATP, mas sua ausência prolongada pode custar caro. Se ele não jogar até o Masters de Monte Carlo, a tendência é que seja ultrapassado por rivais diretos, o que pode empurrá-lo para fora do top 10.
Embora a classificação no ranking não seja a maior preocupação do sérvio nesta fase da carreira, uma queda acentuada pode trazer dificuldades consideráveis nos torneios de Grand Slam. Para Roland Garros 2025, por exemplo, o ideal seria que ele chegasse como um dos 12 melhores do mundo, evitando duelos complicados já nas oitavas de final. Se perder muitas posições, Djokovic pode ter que enfrentar nomes como Carlos Alcaraz, Jannik Sinner ou Daniil Medvedevlogo nas primeiras rodadas.
Por outro lado, sua ausência também impactaria os adversários. Ninguém no circuito quer encarar um Djokovic embalado e descansado tão cedo em um torneio, tornando qualquer confronto contra o sérvio um grande desafio.
O futuro de Djokovic: retorno imediato ou foco no saibro?
Agora, resta saber qual será a estratégia adotada pelo Djokovic Team. O sérvio pode tentar um retorno precoce nos Estados Unidos, arriscando a recuperação para defender sua posição no ranking. Ou, por outro lado, pode escolher a prudência e voltar apenas na temporada europeia, chegando a Roland Garros sem ritmo competitivo, mas fisicamente recuperado.
O que é certo é que qualquer decisão terá um impacto significativo no circuito. Com Djokovic fora de combate, seus principais rivais ganham espaço para crescer e consolidar suas posições. Mas se há alguém capaz de desafiar as expectativas e surpreender mesmo em situações adversas, esse alguém é Novak Djokovic.