Lenda do tênis argentino, Del Potro comparou o impacto de João Fonseca ao de Guga Kuerten e destacou a importância de paciência com o jovem talento.
Del Potro vê potencial de João Fonseca e compara brasileiro a Guga
Ícone do tênis sul-americano, Juan Martin del Potro exaltou a ascensão meteórica de João Fonseca no circuito profissional. O jovem carioca de 18 anos fez história ao conquistar o ATP 250 de Buenos Aires, se tornando o mais jovem campeão do torneio desde Rafael Nadal. Para o argentino, o desempenho do brasileiro lembra o impacto de Gustavo Kuerten, tricampeão de Roland Garros, que conquistou a admiração do público argentino na época em que jogava.
Del Potro, que brilhou nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016 ao conquistar a medalha de prata, relembrou o carinho que recebeu dos torcedores brasileiros e afirmou que Fonseca pode trilhar caminho semelhante. “O que acontece com João é muito parecido com o que ocorreu comigo no Brasil e com o Guga na Argentina. Ele tem carisma e talento, e isso conquista os fãs”, afirmou.
Paciência e evolução: o desafio de João Fonseca no circuito
Apesar do grande início no circuito profissional, Del Potro fez um alerta sobre a necessidade de paciência com Fonseca. O argentino lembrou que o tênis exige tempo de maturação e que a pressão pode ser um fator desafiador para jovens talentos. “Hoje em dia, o tênis parece mais acelerado. Vemos Carlos Alcaraz e Jannik Sinner brilhando como se estivessem há anos no circuito, mas ainda são jovens. É fundamental que João tenha um time forte ao seu redor para ajudá-lo a lidar com expectativas e desafios emocionais”, pontuou.
O ex-número 3 do mundo também ressaltou que, assim como na Argentina, o público brasileiro pode ser intenso, oscilando entre elogios e críticas conforme os resultados. “Quando se ganha, você é o melhor. Quando perde, as pessoas te questionam. Isso faz parte do esporte, mas ele precisa aprender a administrar”, aconselhou.
O futuro do tênis sul-americano nas mãos de Fonseca?
Para Del Potro, o tênis sul-americano vive um bom momento, especialmente com a força do tênis argentino, que hoje tem diversos jogadores no Top 100. No entanto, ele acredita que João Fonseca pode se tornar um nome fundamental para que a região volte a ter um protagonista no circuito mundial.
“Quando um sul-americano começa a vencer grandes torneios, o olhar da ATP muda para cá. Temos uma paixão pelo esporte que poucos lugares no mundo têm, e é essencial manter essa tradição”, avaliou.
Com apenas 18 anos, João Fonseca já demonstra potencial para carregar a bandeira do tênis brasileiro e colocar novamente a América do Sul em destaque no circuito. Se o talento se transformar em consistência, o Brasil pode ter em breve um novo grande nome brigando entre os melhores do mundo.